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Foto do escritorRedação Obra Prima

Anexo de chalé rouba a cena

O projeto residencial Anexo Chalé Mairiporã levou um ano até ser construído com arquitetura da Macro Arquitetos, dos sócios Carlos Duarte e Juliana Nogueira, em Mairiporã, cidade próxima a São Paulo. Texto enviado pela equipe para a site ArchDaily. Fotos: Victor Affaro.




Feito para um casal jovem que buscava um refúgio no campo próximo à capital, os clientes, que são do interior e viviam em São Paulo, tiveram a primeira filha quando a casa ficou pronta. Menos luxo e mais aconchego era a premissa para chegar ao morar que a família sonhava. Um outro pedido, segundo os arquitetos, foi para que a obra, de certa forma, se camuflasse na Mata Atlântica em meio aos muitos elementos naturais.




A ideia foi criar um espaço onde pudessem se reunir com amigos e familiares em volta de ambientes acolhedores, aconchegantes, sem divisões por paredes, somente por ambientes de uso, e que sempre que possível houvesse uma conexão visual com a natureza.


O principal desafio foi inserir no terreno a necessidade do programa sem ter que mexer em nenhuma árvore existente. Para isso, foram feitos diversos testes para que fosse possível preservar os ipês no gramado, a jabuticabeira e a pitangueira que ficaram no deck.




Materiais como pedra, concreto, madeira e a inspiração nas casas de campo do Uruguai ajudaram na concepção. Todos os materiais usados são naturais, nada industrializado. Piso em cimento queimado, teto em concreto aparente, paredes revestidas em pedra, pilares revestidos em madeira carbonizada shou sugi ban, madeira de demolição nas prateleiras, deck em cumaru, esquadrias em ferro pintado de preto e parede branca com reboco rústico.




Para definir o programa, o primeiro passo foi encontrar o espaço para inserir no terreno, na implantação existente. Toda parte que não necessitava de vista virou-se para a divisão do terreno, e o restante para a natureza. Dividido em dois salões, o com pé direito mais alto ganhou a cozinha, sala de jantar, sala de estar e lareira, com acesso a uma grande porta que dá acesso ao deck e à piscina, que ficam no meio da mata. Já na laje mais baixa está o salão de jogos. Atrás do volume da lareira fica o lavabo, onde o acesso se dá pela sala de jogos e, no outro lado, a despensa e uma escada que dá acesso ao subsolo, onde há uma adega.




A arquitetura manteve a conexão visual entre os ambientes e adotou o máximo de transparência para trazer o verde da natureza para dentro da casa e as portas de serralheria usadas marcaram o quadriculado da paginação para a residência não ficar totalmente exposta.


O projeto luminotécnico partiu da priorização de iluminação natural por todas as áreas. As portas são todas piso teto com abertura 100% do vão, trazendo muita ventilação e iluminação para a casa, utilizando o mínimo possível de pontos diretos no teto para valorizar a laje em concreto armado.






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